EUA negam possibilidade de ação militar contra a Venezuela
País latino ameaçou cortar fornecimento de petróleo para os Estados Unidos
Os Estados Unidos descartam qualquer ação militar contra a Venezuela, afirmou nesta segunda-feira a porta-voz do Departamento de Estado, Virginia Staab, depois que o presidente Hugo Chávez ameaçou cortar o fornecimento de petróleo, se Washington apoiar um ataque contra seu país.
— Como fizemos no passado, os Estados Unidos não têm intenção de iniciar ação militar contra a Venezuela — informou ela à AFP.
Estados Unidos e Venezuela desfrutaram por muito tempo de "relação energética mutuamente benéfica" e Washington deseja "que essa relação continue", assinalou Staab. Os Estados Unidos, principal comprador de petróleo venezuelano, recebe 1,4 milhão de barris diários, com o que a Venezuela se posiciona no quinto lugar entre seus fornecedores de óleo.
Chávez ameaçou domingo suspender as exportações de petróleo para os Estados Unidos se Washington apoiar um eventual ataque armado à Venezuela a partir da Colômbia, em meio a um clima de tensão entre os países sul-americanos depois da denúncia de Bogotá sobre a presença de guerrilheiros em território venezuelano.
As denúncias do governo colombiano levaram Chávez, na quinta-feira passada a romper relações com o país vizinho e advertir sobre um possível ataque por parte da Colômbia, apoiada pelos Estados Unidos.
— Incentivamos a Colômbia e a Venezuela a trabalharem através do diálogo e da diplomacia para garantir a paz e a segurança em sua fronteira comum — indicou a porta-voz do Departamento. Segundo ela, Washington considera que as denúncias da Colômbia "merecem investigação minuciosa".
Semana passada, o Departamento de Estado qualificou de resposta "infeliz" da Venezuela a ruptura de relações, frisando que as denúncias da Colômbia, sobre a presença de 1.500 guerrilheiros refugiados no país vizinho, em dezenas de acampamentos, devem ser levadas "muito a sério".
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